Por Fernando Mineiro
E chegamos a fevereiro de 2022 sem que os bolsonaristas do nosso estado tenham um candidato pra chamar de seu. Testaram vários nomes, mas nenhum deles conseguiu sair do estreito círculo do ódio e das fake news. É mais fácil encontrar uma agulha no palheiro do que encontrar uma proposta - apenas uma - dos pretensos candidatos bolsonaristas para o Rio Grande do Norte.
O que eles defendem mesmo, para além das fake news que espalham? O que pensam sobre a gestão do estado? Sobre as finanças públicas? Sobre a infraestrutura? Sobre o funcionalismo? Para a saúde, apresentam alguma proposta além de serem contra a vacinação? Sobre o mercado de trabalho, algo diferente da reforma trabalhista que fizeram e deu no que deu? Como enfrentarão a volta da fome e do crescimento da pobreza?
Por que um dos dois ministros queridinhos do Bolsonaro não topa sair candidato a governador? Por que não assumem a tarefa que dizem fácil, ao invés de terceirizar a disputa?
Leio nos blogs e que tais que o nome da hora é o do presidente da Assembleia Legislativa, o meu amigo deputado Ezequiel Ferreira. Sim, meu amigo, a despeito de nossas trajetórias e posições políticas diferentes. Ao longo de quatro mandatos na Assembleia Legislativa estabelecemos uma relação de amizade, por uma razão muito simples: sempre nos tratamos com respeito e franqueza. No segundo turno das eleições de 2018 dei a minha pequena contribuição para que Ezequiel viesse a se somar ao nosso projeto e ficasse do lado certo da história política do RN.
Por participar diretamente de algumas discussões (principalmente em 2019 e 2020) sobre a relação entre o Executivo e o Legislativo, posso afirmar, sem medo de errar, que o deputado Ezequiel tem sido um parceiro importante do nosso governo. Sob a presidência dele - ressalvada a autonomia entre os poderes -, a Assembleia Legislativa desempenhou e desempenha um importante papel no processo de regaste administrativo do Rio Grande do Norte.
Não ouvi da boca de Ezequiel nenhuma afirmação sobre a possibilidade de ele vir a ser o candidato da oposição bolsonarista, fazendo o papel que um dos bolsonaristas-raiz deveria fazer mas não faz.
Por conhecer minimamente o presidente Ezequiel e por ser testemunha da relação transparente e franca que ele tem conosco, não tenho nenhuma dúvida que ele comunicará à governadora Fátima Bezerra a posição que vier a tomar em relação ao pleito de outubro próximo.
Como ele sabe, meu desejo político é que ele continue do lado certo da história do Rio Grande do Norte. Penso eu que ainda temos muito a fazer, juntos, pelo nosso estado. Principalmente num cenário que aponta importantes mudanças nacionais, deixando para trás essa quadra de retrocessos impostos ao Brasil por um governo que, eu sei, também tem a discordância de Ezequiel.
Espero que os bolsonaristas papa-jerimuns encontrem logo um candidato, parem de ocupar a mídia com balões de ensaio e apresentem seus projetos, para que o povo decida o caminho a seguir em 2023.
Como tenho repetido, a disputa será dura, porque é uma disputa de projetos para o Brasil e para o Rio Grande do Norte.
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